sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A História da vida

Pré- Câmbrico

- Os seres procariontes evoluíram para seres eucariontes unicelulares, estes agruparam-se em colónias e com o aumento de reações mutualistas, originaram seres multicelulares.

- Como estes seres eram compostos por partes moles a sua  fossilização tornava-se muito difícil. Contudo um dos registos mais consistentes de seres multicelulares está localizado no Jazida de Ediacar, Austrália.


Fauna da Jazida de Ediacara, no Pré-Câmbrico

Paleozóico

-Câmbrico (evolução dos invertebrados)

-> As trilobites eram os organismos mais representativos com mais de 600 espécies distribuídos por todo o globo;
->As esponjas, os corais e os peixes mais primitivos também aparecer neste período;
->A posição dos continentes também era muito diferente:
*A Gondwana era um supercontinente localizado no hemisfério sul;
*A Laurásia e Báltico localizava-se no hemisfério norte e perto do equador;

-Ordovícico
->Os braquiópedes foram os organismos mais comuns;
->Os cefalópedes (atuais lulas e polvos) também surgiram neste período, tornando-se num dos mais importantes predadores dos oceanos. Neste período já surgiram os primeiros peixes sem mandíbulas e o os primeiros vestígios de plantas.
->Este período terminou com uma glaciação que terá provocado a extinção e algumas espécies.

 
Cefalópode                                                    Braquiópode

-Silúrico (expansão das plantas terrestres)
->Os cefalópodes diversificaram-se originando as amonites;
->Desenvolvimento dos primeiros peixes com aberturas branquiais protegidas por um esqueleto interno calcificado;
->Os lagos e pântanos perto dos oceanos encontravam-se cobertos por vegetação;


Amonites

-Devónico (primeiros insetos)
->Os insetos e os peixes eram grupo dominante. Os insetos não tinham asas. Os peixes ósseos diminuíram a espessura das placas ósseas formando as escamas e facilitando a deslocação dentro de água;


Inseto do devónico

- Carbónico/Carbonífero (Desenvolvimento dos anfíbios)
->Com um clima quente e húmido permitiu a formação de densas florestas e pântanos;
->Foi neste período que se formaram a maioria dos depósitos de carvão e hidrocarbonetos;
->Os anfíbios sofreram uma expansão, um dos grupos  evolui gradualmente para os primeiros repteis.


Imagem que exemplifica a fauna do período Carbónico

-Pérmico
->As forças tectónicas deste período levou a formação da Pangea;
->Extinção de animais como as Trilobites, que marcaram esta era;


Formação da Pangea, no Pérmico.
Mesozóico

-Triássico (Aparecimento dos dinossauros)
-> As forças tectónicas começaram a fragmentar a Pangea;
->Evolução das plantas resistentes ás secas, devido ao clima quente e húmido as quais as gimnospermas.
->Os répteis sofrem uma grande expansão, entre eles, o destaque vai para o aparecimento dos dinossauros.
->Paralelamente, os mamíferos também sofrem uma evolução;


Gimnospermas

-Jurássico (Aparecimento das primeiras aves)
->Aparecimento das primeiras aves, foram considerados formas de transição entre répteis e aves;


Fauna que caracteriza o Jurássico.

-Cretácico (Aparecimento das plantas com flor)
->Extinção de várias espécies, incluindo os dinossauros;
->Aparecimento das primeiras plantas com flor, onde se localiza os órgãos reprodutores das plantas;


A queda de um meteorito terá sido um possível causa da extinção dos dinossauros.

Cenzóico

->Aproveitando os nichos ecológicos deixado livres, a amamentação das crias aumenta a sua sobrevivência;
->Durante o Paleogénico e o Neogénico apareceram diversas espécies de tigres e pouco depois a linhagem de cavalos.
->No Pliocénico apareceram os ancestrais do Homem. Os fósseis dos primeiros hominídeos foram encontrados em África.
->No Quaternário, ocorreram modificações da fauna e da flora e em resultado de quatro ciclos glaciares que ocuparam grandes áreas continentais do hemisfério norte.


Fauna da era actual

Tabela Cronoestratigráfica / Tabela Geocronológica

Unidade Cornostratigráfica
    -Corpos rochosos, que se formaram em intervalos específicos do tempo geológico (Eonotema, o Eratema, o Sistema, a Série e o Andar).

Unidade Geocronológica
    -Unidade do tempo geológico durante a qual as unidades cornostratigráficas se formaram (o Eon, a Era, o Período, Época e a Idade).


A medida do tempo

Na medida do tempo temos dois tipos de datações, absoluta e relativa, e dois tipos de “relógios” sedimentológicos e paleontológicos. No caso dos relógios sedimentológicos, a datação relativa é conhecida como litostratigrafia, que é o estudo das relativamente á sua génese, forma geométrica, composição litológica e relações entre estratos.

                Para fazer este tipo de datação é necessário recorrer a um conjunto de princípios litostratigráficos:

-Princípio de Horizontalidade – a acumulação de sedimentos ocorre na horizontal ou muito próximo desta.



-Princípio da Intersecção –-Apenas se aplica em caso de o estrato em estudo ser afectado por um filão ou por uma falha.



-Princípio da Inclusão – Aplica-se quando uma rocha contém fragmentos de outras rochas. Neste caso os fragmentos incluídos nessa rocha são mais recentes que as rochas que os inclui.



-Princípio da Sobreposição – A deposição dos estratos ocorre por ordem cronológica. Ou seja, o estrato é mais recente que o seu muro e mais antigo que o seu tecto.



-Principio da continuidade lateral – embora o estrato se possa alongar por uma longa distância, esse estrato tem sempre a mesma idade.


Na datação absoluta dos relógios sedimentológicos existem os ciclos gelo-degelo. O tempo de duração é contado pela espessura dos padrões de varvito. No Verão o padrão é espesso e de cor clara pois os sedimentos mais finos depositam-se em lagos próximos dos glaciares. No Inverno a temperatura reduz e os sedimentos encontram-se congelados, assim os sedimentos ficam em suspensão tornando a água com uma cor escura.

Nos relógios paleontológicos a datação relativa é com base na biostratigrafia, ramo da estratigrafia que estuda a distribuição temporal dos fósseis, este ramo da estratigrafia baseia-se no principio da identidade paleontológica.

Fósseis de idade ou característicos - são fósseis que apresentam uma repartição geográfica muito grande, uma curta distribuição estratigráfica, viveram num curto período de tempo e grande abundância.


Biozona – Conjunto de estratos definidos e característicos com base nos fósseis que possuem.




 


Nos relógios paleontológicos a datação absoluta, temos dois tipos de métodos de estudo:
-Dendrocronologia – método de datação que usa os anéis de crescimento anual das árvores.

 

Magnetostratigrafia

Ramo da estratigrafia que estuda as propriedades magnéticas das rochas. Podendo esta rocha ter uma polaridade normal, se o norte magnético coincidir com o norte geográfico, ou polaridade inversa, caso o norte magnético coincide com o sul geográfico.


Aqui está representado a terra mas, com polaridade inversa.

Tectónica de placas

A Tectónica de placas é uma teoria da geologia que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera terrestre.
A parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte superior do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Num processo lento á escala humana a litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.
Esta teoria baseia-se na teoria da deriva continental, de Alfred Wegener, e na expansão dos fundos oceânicos.

Mecânica das placas tectónicas:
-Contacto construtivo, em limites divergentes onde há construção de placa localizados principalmente nas zonas de rífte, contacto destrutivo, em limites convergentes onde há limites conservativos, que é quando uma placa mergulha sob a outra, localizam-se principalmente nas zonas de subducção e contacto conservativo que acontece quando as placas deslizam entre si originando uma falha transformante.



 
Aqui está representada a evolução que a Terra tem sofrido em termos morfológicos.

Deriva Continental

A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener e propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar.

Argumentos a favor:
-Geodésicos (através da emissão de ondas rádio Wegener terá concluído que a Gronelândia se teria afastado 180 metros da europa);
-Geofísicos (explicando a formação das cadeias montanhosas através de movimentos horizontais da crusta terrestre);
-Geológicos (apesar dos continentes se encaixarem como um puzzle ainda existe uma continuidade a nível geológicos com estratos rochosos com a mesma idade e composição);
-Paleoclimáticos (a descoberta de rochas, como tilitos, formadas pela acção dos glaciares em zonas tropicais);
-Paleontológicos (Foram encontrados fósseis das mesmas espécies em continentes actualmente distanciados);

Falhas desta teoria
-Explicava que os continentes se moviam devido é força centrifuga provocado pelo movimento de rotação da Terra;
-Questões históricas, isto é, devido á nacionalidade Alfred Wegener ser alemã a reputação do mesmo terá sido posta em causa;
-Erros de cálculo;


Alfred Wegener