terça-feira, 17 de abril de 2012

Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais


O Homem explora do meio ambiente recursos geológicos para produzir materiais essenciais ás suas actividades do quotidiano. Estes recursos podem encontrar-se no subsolo ou á superfície. A exploração destes materiais tem crescido de um forma muito intensa para responder às necessidades das sociedades actuais.
A unidade de medida do teor médio dos elementos na crusta é o Clarke. Se as acumulações ou concentrações forem suficientemente elevadas para permitir a exploração económica estamos perante um jazigo mineral. Nestes, o minério é explorado para um determinado fim e tende a ser composto por uma mistura do mineral desejado com minerais não desejados e que constituem a ganga.

Os recursos geológicos dividem-se em três tipos: 
-Metálicos (é quando se extrai elementos como: magnésio, zinco, ferro); 
-Não metálicos (quando se extria elementos usados em indústrias químicas, na construção);
-Energéticos (quando se usa elementos como fonte de energia);

segunda-feira, 12 de março de 2012

Erosão e relevo glaciar


Os glaciares são importantes agentes erosivos, transportando elevadas quantidades de sedimentos de diferente granulometria. Este tipo de erosão depende de diversos factores, nomeadamente: a velocidade de deslocação do glaciar, a espessura do glaciar, composição do substrato rochoso, abundância do material rochoso transportado e resistência das rochas que compõem o fundo do vale.
                A erosão glaciar pode ocorrer pela:
- Formação de blocos erráticos, isto é, blocos rochosos de diferente composição litológica em relação ao substrato onde se encontra e que são transportados por um glaciar.

Bloco errático

-A fricção causada pelo gelo e de fragmentos de rocha transportado pelo glaciar formando as rochas estriadas, isto é, rochas no qual a acção erosiva do glaciar terá provocado estrias. Quando as rochas são polidas no lado menos inclinado e fragmentadas no lado mais inclinado, neste caso estamos perante uma rocha aborregada.

Rocha aborregada

                O material transportado pelos glaciares pode ser depositado sob a forma de moreias, isto é, acumulação de sedimentos transportados pelo glaciar normalmente caracterizado por terem granulometria variada. Quando este material consolida forma os chamados tilitos

Tilitos

No entanto existem vários tipos de moreias:

-Frontal: o material transportado na frente do glaciar é desviado para jusante, formando um depósito proeminente.

Moreia frontal

-Terminal: quando o glaciar recua, deixa uma moreia que marca o maior avanço do glaciar. Este depósito pode funcionar como uma barragem e formar uma lago onde se acumula a água do degelo. A moreia terminal marca o limite máximo de expansão do glaciar.

Moreia terminal

-De fundo: formada pela deposição de material debaixo do gelo do glaciar, em contacto com o substrato.
 -Lateral: forma-se nos lados do glaciar, na proximidade das vertentes, por incorporação do material que sofreu erosão ou que foi fragmentado pelos ciclos de gelo e degelo da água. É facilmente identificado pois forma faixas escuras.


Moreia Lateral

-Mediana: forma-se quando as moreias laterais de dois glaciares alpinos se fundem, passando a localizar-se no centro do glaciar.

Moreia mediana


sábado, 10 de março de 2012

Principais tipos de glaciares


-Glaciares de vale (alpinos): Formam-se nas regiões montanhosas e ocupam os vales preexistentes. Podem possuir espessuras na ordem das centenas de metros. Nas latitudes mais baixas, ou seja, próximas do equador, ocupam apenas as secções mais altas dos vales, enquanto nos pólos estas podem espalhar-se desde o início da montanha até regiões próximas dos oceanos.

Exemplo de um glaciar de vale

-Glaciar Piedmont: Resultam de glaciares alpinos que, ao abandonarem os vales, deixam de estar confinados e espalham-se por estas vastas áreas. Também podem resultar da junção de vários glaciares alpinos, podendo atingir vários quilómetros de dimensão. Estes são o tipo de glaciar mais raro.

Exemplo de um glaciar piedmont

-Glaciar continental: Possuem dimensões muito superiores aos glaciares de vale e deslocam-se lentamente, por vezes de forma imperceptível.  Actualmente os principais glaciares continentais encontram-se na Gronelândia e na Antártida.

Exemplo de um glaciar continental (imagem satélite da Antártida)  


domingo, 4 de março de 2012

Paleoclimas - variações climáticas ao longo do tempo

    Os Paleoclimas são as variações climáticas que a Terra sofreu ao longo do tempo, isto é, desde a sua formação até aos dias de hoje. A energia solar é o “motor” do clima terrestre, pois a radiação solar aquece as massas de ar, provocando a sua deslocação. Ao aquecer a superfície da Terra, provoca a evaporação da água que ao ascender na atmosfera arrefece e sob o efeito da gravidade, precipita sob a forma de chuva, neve e gelo. As regiões montanhosas funcionam como obstáculos á progressão das massas de ar húmido, com variações climáticas nos lados opostos das cadeias montanhosas.

      Factores condicionantes:
- Alteração das rochas;
- Destruição das cadeias montanhosas;
- Expansão das dorsais oceânicas;
- Alteração na circulação das correntes oceânicas;
- Erupções vulcânicas;

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perfil geológico

->A importância das cartas geológicas é o facto de estas fornecerem importantes informações sobre o que está abaixo da superfície, como :

         -Tipo e localização de diferentes formações geológicas;
         -Idade relativa das formações;
         -Tipo e localização do contacto entre as diferentes litologias;
-Localização de depósitos de superfície;
-Direção e inclinação das rochas estratificadas;
-Tipo e localização de aspetos relacionados com a deformação das rochas (dobras e falhas);
-Base topográfica que serve de apoio à cartografia geológica (com pouca nitidez);

E com as seguintes finalidades:
-prospeção e exploração de recursos minerais;
-prospeção de recursos energéticos;
- prospeção e exploração de águas subterrâneas;
- seleção e caracterização de locais para implantação de grandes obras de engenharia (barragens, pontes, etc.);
-estudos de caracterização e preservação do ambiente;
-estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo a atividade sísmica e vulcânica;
-estudos científicos;



Elementos das cartas geológicas:
- a escala
-a legenda
-a orientação
- a identificação

A LEGENDA


Tradução, sob o forma escrita de simbologia usada sobre a carta (de elementos topográficos ou geológicos). Permite-nos fazer uma boa leitura e uma correcta interpretação da carta.
 
A ESCALA
Traduz uma relação entre as distâncias medidas na carta  e as corresponden-tes distâncias medidas sobre o terreno, isto é, distâncias reais. A escala de uma carta pode ser representada sob a forma de.

- escala gráfica
-escala numérica


A escala gráfica é a representação de forma gráfica da relação entre as dis-tâncias reais e as distâncias na carta. Normalmente desenha-se um segmento de recta, cujo comprimento por ex.: 2cm, equivale a 1 Km ou outro valor qualquer.
A escala numérica, a relação entre as distâncias na carta e as distâncias reais é indicada sob a forma de uma razão. Ex.: 1/25000 ou 1: 25000 em que um cm  medido sobre a carta equivale a 250 m no terreno.
Quando se procede à ampliação ou redução de uma carta de uma vulgar fotocopidora, se apresentar apenas uma escala numérica, é necessário determi-nar o valor da escala obtida.
Se só tiver a escla gráfica, a obtençã da nova escala é imediata, porque esta acompanha a ampliação ou redução a que a carta é sujeita
ORIENTAÇÃO (Rosa-dos-ventos)
Corresponde à representação , sobre a carta, da rosa-dos-ventos ou da direcção do norte geográfico. Sem este elemento, quando nos en-contramos no terreno, torna-se muito difícil orientar-mo-nos.

IDENTIFICAÇÃO , embora não sendo um elemento tão importante quanto a anteriores, fornece-nos elementos sobre o tipo de carta e sobre a sua correcta localização, quer em relação em relação a cartas do mesmo tipo e a mesma escala, quer em relaçao a cartas que se encontre em alas diferentes